Núcleo de Estudos Hidrogeológicos e do Meio Ambiente

Centro de Pesquisa em Geofísica e Geologia Instituto de Geociências - UFBA

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Membros do NEHMA participam do IV Encontro Nordestino de Espeleologia

Entre os dias 28/06/18 e 01/07/2018, em Ituaçu-BA, sul da Chapada Diamantina, ocorreu o IV Encontro Nordestino de Espeleologia (IV ENE). O encontro foi promovido pelo Grupo Araras Espeleologia, natural de Ituaçu, e contou com a presença de grupos espeleológicos do nordeste brasileiro e pesquisadores da UFBA, UESC, UFRN e UFScar. O público foi diverso, composto por estudantes de geografia, biologia, espeleólogos de diferentes áreas (biologia, arqueologia, paleontologia, geologia), e curiosos e apaixonados por cavernas de vários lugares.

O professor Dr. Ricardo G. Fraga de A. Pereira foi convidado pelos organizadores para ministrar a palestra de abertura do evento e também um minicurso. A palestra intitulada “Gestão da Geodiversidade em Terrenos Cársticos: Desafios e Oportunidades” abriu com chave de ouro o encontro, trazendo definições importantes e esclarecedoras sobre geodiversidade, a distribuição dos terrenos cársticos no Brasil e no mundo, o cadastro de cavernas e a importância dessas informações, bem como sobre a gestão desses terrenos naturalmente sensíveis.

Ainda na abertura do evento, o estudante de geologia, Leo Linke, sob orientação do professor Ricardo, apresentou os resultados parciais da pesquisa “Ciênciometria dos terrenos cársticos em rochas carbonáticas no Estado da Bahia”. Apesar de ainda em andamento, a pesquisa feita por Leo expõe resultados preliminares em relação aos conhecimentos produzidos, em várias linhas de estudo, e disponíveis sobre o carste baiano.

No último dia do evento, o professor Ricardo realizou  o minicurso “Caracterização Geomorfológica do Carste e Gestão da Geodiversidade”, onde contou com a participação da estudante Tarsila Carvalho, mestranda do NEHMA. O minicurso teve início com uma breve explanação acerca do conceito de carste, os fatores condicionantes da carstificação e gênese das cavidades naturais subterrâneas. Além de tópicos sobre a geomorfologia do carste, com suas características peculiares, a vulnerabilidade intrínseca desses terrenos e um pouco mais sobre a gestão da geodiversidade no carste. Para finalizar, uma saída de campo para que o público entendesse a disposição do carste em Ituaçu, através da construção de uma seção esquemática da sinclinal cárstica de Ituaçu. O professor Ricardo se utilizou dos seus conhecimentos de campo e da literatura geológica da Bahia para sugerir uma história geológica para o local, colocando o carste de Ituaçu no tempo geológico e interpretando a origem de suas mais de 70 cavernas.